Saltar para menu de navegação principal Saltar para conteúdo principal Saltar para rodapé do site

A água é dos povos e não de Belo Monte»: barragens e perdas de redes de sociabilidade das populações atingidas representadas em arpilleras amazônicas




Secção
Artículos

Como Citar
A água é dos povos e não de Belo Monte»: barragens e perdas de redes de sociabilidade das populações atingidas representadas em arpilleras amazônicas. (2019). Tabula Rasa, 30, 109-131. https://doi.org/10.25058/20112742.n30.06

Dimensions
PlumX
Marina Ertzogue Autor
Monise Busquets Autor

Marina Ertzogue,

Doctora en Historia Social, profesora y orientadora del Posgrado en Ciencias del Medio Ambiente,
Universidad Federal de Tocantins (UFT).


Monise Busquets,

Periodista, documentalista y alumna de doctorado del Posgrado en Ciencias del Medio Ambiente,
Universidad Federal de Tocantins (UFT).


O artigo aborda os efeitos da perda de redes de sociabilidade para populações atingidas pela Usina Hidroelétrica Belo Monte (PA). A perda das redes de sociabilidade está representada

 

nas arpilleras amazônicas. Arpillera é uma técnica de artesanato têxtil feita por mulheres da Isla Negra (Chile) e que ressurge como instrumento de resistência durante a ditadura de Pinochet (1973-1990). As oficinas de arpilleras ocorriam no Vicariato da Solidariedade, entidade da igreja católica ligada à defesa dos direitos humanos. No Brasil, as oficinas foram trazidas pelo Movimento dos Atingidos por Barragem (2012) como instrumento de denúncia por violação de direitos dos povos atingidos por barragens. De acordo com o relatório do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (2010), em relação aos povos atingidos, as mulheres estão em extrema condição de vulnerabilidade. O Coletivo das Mulheres do MAB objetivando dar visibilidade às perdas socioeconômicas e a violação de direitos, organizou oficinas de arpillera em nove estados do país para formação e capacitação. As arpilleras produzidas foram expostas no Memorial da América Latina (2015) e hoje reconhecidas internacionalmente pela curadora Roberta Bacic, as arpilleras brasileiras estão indexadas em Conflict Textiles. Nesse artigo analisamos os efeitos do deslocamento e da quebra dos laços de vizinhança para comunidades de Altamira, que antes viviam em casas de palafitas e hoje estão reassentadas no loteamento Jatobá. Parte desta história está registrada nas arpilleras, narrativas bordadas por mulheres que fizeram da costura um ato transgressor.


Visualizações de artigos 173 | Visitas em PDF 74


Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.
  1. Agosin, M. (2008). Tapestries of Hope, Threads of Love, The Arpillera movement in Chile 1974-1994. 2.a ed. EE. UU.: Rowman & Littlefeld Publishers.
  2. Bacic, R. (2012). História das arpilleras. Catalogo da exposição Arpilleras da resistência politica chilena. Rio de Janeiro/ Brasília: Projeto Marcas da Memória/ Ministério da Justiça/ Comissão de Anistia.
  3. Bacic, R. (2008). Arpilleras que claman, cantan, denuncian e interpelan. Hechos del Callejón, (42), 20-22.
  4. Barbosa, A. S. (2015). A cada dia, um morador perde o direito aqui em Altamira. Dossiê Belo Monte. ISA. s/l, jun. 2015. https://www.socioambiental.org/sites/blog.socioambiental.org/files/dossie-belo-monte-site.pdf
  5. Brasil. Ministério de Justicia/ Comisión de Amnistía/Proyecto Marcas de la Memoria. (2012). Catálogo Arpilleras de la resistencia política chilena. Brasília. Disponible en http://www.justica.gov.br/central-de-conteudo/anistia/anexos/catalogo-arpilleras-1.pdf
  6. Brasil. Ministério da Integração Nacional. Secretaria de Infraestrutura Hídrica. Unidade de Gerenciamento do Proágua/Semi-arido. (2005). Diretrizes ambientais para projeto e construção de represas e operação de reservatórios. Brasília: Bárbara Bela Editora Gráfica. http://www.mi.gov.br/documents/10157/3678963/Diretrizes+ambientais+para+projeto+e+construcao+de+represas+e+operacao+de+reservatorios.pdf/7b333ac8-f12b-45db-903d-4e8b4d42b266
  7. Brasil. Ministério do Planejamento. (2016). 2º Balanço do PAC (2015-2018). Ano I, Brasília. http://www.pac.gov.br/pub/up/relatorio/23216159149151fbfbcedb1d57dff510.pdf
  8. CDDPH. (2010). Relatório da Comissão Especial Atingidos por Represas. Resoluções nºs 26/06, 31/06, 01/07, 02/07, 05/07. Brasília. Disponible en http://www.mabnacional.org.br/sites/default/files/Relat%C3%B3rio%20Final_0.pdf
  9. Norte Energia S.A. (2011). Projeto Básico Ambiental da Usina Hidrelétrica Belo Monte: Planos, Programas e Projetos. volumen II, tomos 1, 2.
  10. Galeano, E. (1997). Mulheres. Porto Alegre: L & PM.
  11. Geertz, C. (2008). A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC.
  12. Gondim, S. M. G. (2003). Grupos focais como técnica de investigação qualitativa: desafios metodológicos. Paidéia, 12(24), 149, 161.
  13. Hernández, A. P. & Berenguel, M. V. (2010). Las arpilleras, una alternativa textil femenina de participación y resistencia social. En Carmen Gregório Gil y Patricia Blanco, ¿Por qué tienen que decir que somos diferentes? Las mujeres inmigrantes, sujetos de acción política. s/l: Otras.
  14. Januzzi, L. (2015, julio). Arpilleras. Bordando a resistencia. Revista Radis - comunicação e Saúde. Fundação Osvaldo Cruz, (154).
  15. Leite, L. (2015, junio). Belo Monte: os filhos da barragem Vozes do Xingu: Dossiê Belo Monte. ISA, s/l. Disponible en: https://www.socioambiental.org/sites/blog.socioambiental.org/files/dossie-belo-monte-site.pdf
  16. MAB / Conflict Textiles (2015). Catálogo Arpilleras: bordando a resistencia. São Paulo: Prometo Gráfico Zol Design.
  17. Moya-Raggio, E. (1984). Arpilleras: Chilean culture of resistance. Feminist Studies, 10(2), University of Maryland.
  18. Palmquist, H. (2015). Remoção forçada de ribeirinhos pelo Belo Monte provoca desastre social. En Altamira. Dossiê Belo Monte. ISA, s/l, jun. 2015. https://www.socioambiental.org/sites/blog.socioambiental.org/files/dossie-belo-monte-site.pdf
  19. Penzani, R. (2015, abril). A revolução será costurada. Revista da Cultura, (93), Ed. Livraria Cultura.
  20. Pereira, R. (2016, 12 de abril). Para se livrar das contas, morador coloca casa à venda. Estadão. São Paulo. Disponible en http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,altamira-enfrenta-a-ressaca-de-belo-monte,10000024436
  21. Tuan, Y. F. (1980). Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: Difel.
  22. Weissermel, S. (2015, junio). Consequências das condicionantes de remoção para os atingidos no âmbito do reassentamento urbano coletivo. Dossiê Belo Monte. ISA. https://www.socioambiental.org/sites/blog.socioambiental.org/files/dossie-belo-monte-site.pdf
  23. Young, J. E. (2005). Living with the Fabric Arts of Memory. En Ariel Zeitlin Cooke y Marsha Macdowell (Eds.), Weavings of War: Fabrics of memory (pp. 31-36). Michigan: Michigan State University Museum.
Sistema OJS 3.4.0.5 - Metabiblioteca |