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Este artigo estuda a dinâmica das políticas de identidade negra em Luruaco, um município do Atlântico onde, de maneira surpreendente, 94,6% da população se identifica como negra ou afro, apesar da prevalência da miscigenação e a branquitude na região. Esse fenômeno estuda-se no contexto dos conselhos comunitários Kusuto Magende e Matamba, formados para reivindicar direitos territoriais e culturais no marco da Lei 70 de 1993. Por meio de «tecnologias de conscientização», como oficinas e diplomados, os líderes comunitários procuraram legitimar sua identidade étnica em um espaço historicamente marcado pelo racismo e a negação da negritude. O artigo aborda como esses processos não só respondem a demandas legais, mas também à necessidade de confrontar as tensões históricas ao redor da identidade afro no Caribe colombiano articulando legados africanos, práticas tradicionais e diferenças regionais. Além disso, reflete sobre as implicações do reconhecimento étnico para ter acesso a recursos e benefícios, sublinhando as complexidades e desafios que enfrentam esses conselhos em um contexto de exclusão racial.
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