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Pensamento ambiental e artes indígenas no Brasil atual




Secção
Artículos

Como Citar
Pinheiro Dias, J. (2023). Pensamento ambiental e artes indígenas no Brasil atual. Tabula Rasa, 46, 67-86. https://doi.org/10.25058/20112742.n46.04

Dimensions
PlumX

Jamille Pinheiro Dias,

Ph.D. Universidade de São Paulo.


Neste artigo, reflito sobre as interseções entre o pensamento ambiental e a criação artística indígena na recente produção artística e acadêmica no Brasil, situando algumas de suas contribuições para os estudos culturais latino-americanos nos últimos anos. Examino Vozes vegetais: Diversidade, resistência e histórias da floresta (2021) de Stelio Marras, Joana Cabral de Oliveira, Marta Amoroso et al, e A vida não é útil (2020a) de Ailton Krenak. Demonstro que ambos questionam paradigmas extrativistas e a hierarquização das formas de vida. A seguir, analiso obras de dois artistas indígenas: Glicéria Tupinambá, que reativa a técnica de feitura do tradicional manto tupinambá, e Denilson Baniwa, que lança um olhar crítico sobre os museus e o colecionismo. Ao mapear algumas das direções que o pensamento ambiental e as artes indígenas vêm tomando no Brasil, argumento que a maneira como as artes indígenas abordam a relacionalidade entre espécies traz valiosas lições sobre formas de criatividade que resistem à comodificação.


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