Saltar para menu de navegação principal Saltar para conteúdo principal Saltar para rodapé do site

Notas sobre as relações entre cães de trenó e mushers na terra do fogo, Argentina




Secção
Artículos

Como Citar
Notas sobre as relações entre cães de trenó e mushers na terra do fogo, Argentina. (2022). Tabula Rasa, 40, 75-98. https://doi.org/10.25058/20112742.n40.04

Dimensions
PlumX
Luisa Amador Fanaro Autor

Este artigo discute os cães que puxam trenós na atividade turística em Ushuaia (capital da Província da Terra do Fogo, Argentina) e suas relações material-semióticas com os mushers, os condutores humanos desses trenós. Proponho-me a abordar aqui duas das principais questões que afloraram ao longo de minha pesquisa, e que, ao fim e ao cabo, culminaram em uma grande contradição: se, por um lado, o treinamento dos cães de trenó é classificado pelos mushers como uma forma de codomesticação (produzida pelo treinamento e pela convivência), por outro, cães de trenó são considerados animais de trabalho geneticamente “programados”, tanto por conta de suas qualidades “ancestrais” quanto por seu “aperfeiçoamento genético”. Parece haver, desta forma, uma imagem paradoxal dos cães: são trabalhadores natos, mas devem ser treinados e ter sua genética aperfeiçoada. Assim, como podemos pensar, nessa relação, sobre a particular coexistência entre o inato e o adquirido, a natureza e a cultura?


Visualizações de artigos 99 | Visitas em PDF 82


Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Barreto, E. S. B. (2015). Por dez vacas com cria eu não troco meu cachorro: as relações entre humanos e cães nas atividades pastoris do pampa brasileiro. Dissertação de mestrado, PPGAS, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.

Brandt, K. (2004). A language of their own: an interactionist approach to human-horse communication. Society & Animals, 12(4), 299-316.

Coppinger, R. & Schneider, R. (1995). Evolution of working dogs. Em J. Serpell (ed.). The domestic dog: its evolution, behavior and interactions with people (pp.21-50). Cambridge: Cambridge University Press.

Despret, V. (2018). ¿Qué dirían los animales… si les hiciéramos las preguntas correctas? Buenos Aires: Cactus.

Fanaro, L. A., Lima, D. V., Kosby, M. & Vander Velden, F. F. (2021). Introdução ao dossiê ‘Trabalho animal, trabalho humano’. Revista Uruguaya de Antropología y Etnografía, 6(2), http://www.scielo.edu.uy/pdf/ruae/v6n2/2393-6886-ruae-6-02-2.pdf

Fanaro, L. A. (2021). Arquiteturas da domesticação, arquiteturas contra a invasão: cães ferais e paisagens reconfiguradas no cone sul (Brasil, Chile e Argentina). Ñanduty, en imprenta.

Fanaro, L. A. (2020). The domestic, the wild and its interstices: what can a dog do in Tierra del Fuego. Vibrant, 17, e17353.

Fijn, N. (2018). Dogs ears and tails: different relational ways of being with canines in aboriginal Australia and Mongolia. Em H. A. Swanson, M. E. Lien, & G. B. Ween (eds.), Domestication gone wild: politics and practices of multispecies relations (pp.72-93). Durham: Duke University Press.

Froehlich, G. (2017). As lidas e o bem-estar: relações entre los humanos e los animais emfazendas de criação de gado de corte. Em C. E. Sautchuk (org.), Técnica e transformação: perspectivas antropológicas (pp.403-424). Brasília: ABA.

Grasseni, C. (2005). Disciplining vision in animal biotechnology. Anthropology in Action, 12(2), 44-55.

Haraway, D. (2008). When species meet. Minneapolis: University of Minnesota Press.

Haraway, D. (2003a). The companion species manifesto: dogs, people, and significant otherness. Chicago: Prickly Paradigm Press.

Haraway, D. (2003b). For the love of a good dog: webs of action in the world of dog genetics. Em A. H. Goodman, D. Heath, & M. S. Lindee (eds.). Genetic Nature/ Culture: Anthropology and Science beyond the Two-Culture Divide (pp.111-131). Berkeley: University of California Press.

Haraway, D. (2000). Manifesto Ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. Em D. Haraway, H. Kunzru, & T. Tadeu (orgs.). Antropologia do Ciborgue: as vertigens do pós-humano (pp.33-118). Belo Horizonte: Autêntica Editora.

Hribal, J. (2007). Animals, agency and class: writing the history of animals from below.Human Ecology Review, 14(1), 101-112.

Ingold, T. (2000). The perception of the environment: essays in Livelihood, Dwelling and Skill. London: Routledge.

Ingold, T. (1980). Hunters, pastoralists and ranchers: Reindeer economies and their transformations. Cambridge: Cambridge University Press.

Kemp, S. (1999). Sled dog racing: the celebration of co-operation in a competitive sport. Ethnology, 38(1), 81-95.

Kirksey, S. E. & Helmreich, S. (2010). The emergence of multispecies ethnography. Cultural Anthropology, 25(4), 545-576.

Kohn, E. (2013). How forests think: towards an anthropology beyond the human, Berkeley: University of California Press.

Kohn, E. (2007). How dogs dream: Amazonian natures and the politics of transspecies ethnography. American Ethnologist, 34(1), 3-24.

Kuhl, G. (2011). Human-sled dog relations: what can we learn from the stories and experiences of mushers?. Society & Animals, 19, 22-37.

Kulick, D. (2009). Animais gordos e a dissolução da fronteira entre as espécies. Mana, 15(2), 481-508.

Latour, B. (1994). Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. Rio de Janeiro: Editora 34.

Lien, M. E. & Law, J. (2011). ‘Emergent Aliens’: On Salmon, Nature, and Their Enactment. Ethnos, 76(1), 65-87.

Losey, R., Wishart, R. & Loovers, J. P. (eds.) (2018). Dogs in the North: stories of cooperation and co-domestication. New York: Routledge.

Mauss, M. (2003). As técnicas do corpo. Em M. Mauss. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify.

Menache, S. (1998). Dogs and human beings: a story of friendship. Society & Animals, 6(1), 67-86.

Oliveira, S. B. C. (2006). Sobre homens e cães: um estudo antropológico sobre afetividade, consumo e distinção. Dissertação de mestrado, PPGSA, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Pastori, É. O. (2012). Perto e longe do coração selvagem: um estudo antropológico sobre animais de estimação em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Dissertação de mestrado, PPGAS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Porcher, J. (2014). The work of animals: a challenge for Social Sciences. Humanimalia: A Journal of Human-Animal Interface Studies, 6(1), 1-9.

Porcher, J. & Schmitt, T. (2012). Dairy cows: workers in the shadows?. Society & Animals, 20, 39-60.

Sautchuk, C. E. & Stoeckli, P. (2012). O que é um humano? Variações da noção de domesticação em Tim Ingold. Anuário Antropológico, II, 227-246.

Schiavini, A. & Narbaiza, C. (eds.) (2015). Conflictos derivados de las poblaciones caninas en Tierra del Fuego. Informe realizado por solicitud del Comité de Emergencia Agroganadero y de Alerta Sanitaria de Tierra del Fuego. https://www.researchgate.net/publication/277021246_Conflictos_derivados_de_las_poblaciones_caninas_en_Tierra_del_Fuego. Acesso em: 26 mai. 2021.

Segata, J. (2012). Nós e los outros humanos, los animais de estimação. Tese de doutorado, PPGAS, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

Segata, J. (2011). Pessoas, coisas, animais e outros agentes: sobre los modos de identificação e relação entre humanos e não-humanos. Revista Caminhos, 2(1), 87-119.

Stépanoff, C., & Vigne, J. D. (2019). Introduction. Em C. Stépanoff, & J. D. Vigne (eds.), Hybrid communities: biosocial approaches to domestication and other trans-species relationships. (pp.1-20). New York: Routledge.

Teixeira, I. (2016). A relação entre homens e animais no mundo da cinofilia: uma análise antropológica. Em C. Bevilaqua & F. F. Vander Velden (orgs.). Parentes, vítimas, sujeitos: perspectivas antropológicas sobre relações entre humanos e animais (pp.103-117). Curitiba: Editora UFPR.

Tester, F. J. (2010). Mad dogs and (mostly) Englishmen: Colonial relations, commodities, and the fate of Inuit sled dogs. Études/Inuit/Studies, 34(2), 129-147.

Vander Velden, F. F. (2018). Joias da floresta: antropologia do tráfico de animais. São Carlos: EdUFSCar.

Vander Velden, F. F. (2016). Como se faz um cachorro caçador entre los Karitiana (Rondônia). Teoria e Cultura, 11(2), 25-35.

Sistema OJS 3.4.0.5 - Metabiblioteca |