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Este artigo analisa a inscrição do gado e da carne nas representações culturais após o ano 2001 na Argentina. Meu principal argumento é que, apesar do postulado de que a modernidade e o capitalismo tiraram a agência do animal (Berger 1980), os momentos em que esses paradigmas entram em crise permitem o reingresso significativo do animal no tecido da história e da cultura. Para demonstrar isso, na primeira seção, analiso brevemente a ficção fundamental de Esteban Echeverría, “El Matadero”, em relação aos tempos convulsionados do início da nação. Depois, concentro-me nos textos literários e na arte contemporânea para analisar como, retomando o modelo de representação de Echeverría, a nação continuou a refletir sobre sua própria identidade por meio da inscrição animal em tempos deinstabilidade social, econômica e política.
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